terça-feira, 15 de março de 2016

A RECOLONIZAÇÃO DA LÍBIA


Publicado em 8 de março de 2016

A ITÁLIA EM GUERRA PELA RECOLONIZAÇÃO DA LÍBIA

Manlio Dinucci - L’Italia in guerra per la ricolonizzazione della Libia

"Na 'Comédia dos Erros' encenada no teatrinho da política italiana, o ator [Matteo] Renzi primeiramente disse que na Líbia 'A Itália fará a sua parte' - mas logo que o Pentágono anunciou que a Itália assumirá o papel principal, o mesmo Renzi declarou: - 'Ainda não está na ordem do dia a missão militar da Itália na Líbia' - quando, na verdade, ela já começou, com as forças especiais que o Parlamento pôs às ordens do primeiro-ministro. Renzi, antes de dar o aval oficial, está esperando que na Líbia se forme um 'governo super-sólido, que não nos leve a cometer de novo os erros do passado'. Então, enquanto esperamos que no deserto líbio façam materializar-se a miragem de um 'governo super-sólido', vamos dar uma olhada no passado:

Em 1911, a Itália ocupou a Líbia com uma força expedicionária de 100.000 homens. Pouco depois do desembarque, o exército italiano fuzilou ou enforcou 5.000 líbios e deportou milhares mais. Em 1930, sob as ordens de Mussolini, metade da população da Cirenaica, cerca de 100.000 pessoas, foi deportada para quinze campos de concentração, enquanto a aviação, para esmagar a resistência, bombardeava as aldeias com armas químicas, e a região em torno foi cercada com 270 km de arame farpado. O líder da resistência, Omar al-Mukhtar, foi capturado e enforcado em 1931. Assim começou a colonização demográfica da Líbia, tomando as terras mais férteis e empurrando a população para a terra árida. No início da década de 1940, a Itália, derrotada [na II Guerra Mundial], foi substituída na Líbia pela Grã-Bretanha e os Estados Unidos. O emir Idris al-Senussi, colocado no trono pelos ingleses em 1951, concedeu a essas potências o uso de bases aéreas, navais e terrestres na Líbia. Wheelus Field, às portas de Tripoli, tornou-se a principal base aérea e nuclear dos Estados Unidos no Mediterrâneo.

Com a Itália, Idris concluiu um acordo em 1956 que a exonerou dos danos causados à Líbia, e permitiu à comunidade italiana manter seu patrimônio. Os campos de petróleo da Líbia, descobertos em 1950, acabaram nas mãos da inglesa British Petroleum, da americana Esso e da italiana ENI. A rebelião dos nacionalistas, brutalmente reprimida, conduziu ao golpe de estado incruento executado em 1969, sob modelo nasserista, dos 'oficiais livres' capitaneados por Muammar el-Kadafi.

Abolida a monarquia, a República Árabe Líbia obrigou os EUA e a Grã-Bretanha a evacuarem as bases militares e nacionalizou as propriedades estrangeiras. Nas décadas seguintes, a Líbia atingiu, segundo o Banco Mundial, 'altos indicadores de desenvolvimento humano', com um crescimento do PIB de 7,5% ao ano, e renda per capita acima da média, com acesso universal à educação primária e secundária, e de 46% à superior. Lá encontraram trabalho mais de 2 milhões de imigrantes africanos. Esse estado, que constituía um fator de estabilidade e desenvolvimento no Norte da África, favorecia com seus investimentos o nascimento de organismos que teriam criado autonomia financeira e uma moeda independente na União Africana.

Os Estados Unidos e a França - como provam os e-mails de Hillary Clinton - decidiram bloquear 'o plano de Kadhafi para a criação de uma moeda Africana' como uma alternativa ao dólar e ao franco CFA. Para isso e para se apropriar do petróleo e do território da Líbia, a OTAN, sob comando dos EUA, lançou a campanha contra Kadhafi, da qual, na Itália, participava em primeira linha a 'oposição de esquerda'. A OTAN demoliu então pela guerra o estado líbio, atacando-o mesmo no interior com forças especiais e grupos terroristas. O resultante desastre social, que fez mais vítimas do que a própria guerra, especialmente entre os imigrantes, abriu a estrada para a reconquista e a repartição da Líbia. Onde de novo mete o pé aquela Itália que, pisoteando a sua Constituição, retorna ao seu passado colonialista."





FINALMENTE A PAZ NA SÍRIA?

A Rússia frustrou a agenda dos EUA de mudança de regime na Síria !!!

Finian Cunningham (excerto)

"Cinco anos de guerra, cinco meses de intervenção militar russa e, agora, as negociações de paz estão em andamento. É simples assim.

No entanto, ao invés de reconhecer a missão russa como bem sucedida, os meios de comunicação ocidentais imediatamente começaram a especular que o anúncio-surpresa do presidente Putin de retirar as forças russas da Síria indica um 'racha' entre Moscou e Damasco.

Isso é apenas mais da mesma arma de distração em massa da mídia ocidental, que obscureceu a verdadeira natureza da guerra por cinco anos.

A soberania da Síria é o princípio central que oficialmente sustenta as negociações de paz retomadas nesta semana em Genebra. Sem a intervenção militar da Rússia, a Síria não teria a possibilidade de buscar um acordo político sobre base tão sólida. A motivação da Rússia desde o início foi apoiar a nação síria e suplantar a ameaça terrorista, enquanto os EUA e seus aliados eram, afinal, a fonte dessa ameaça.

Os meios de comunicação ocidentais a reboque da linha política de seus governos, ainda prolongam a narrativa implausível de um 'levante popular' na Síria que de alguma maneira degenerou em uma 'guerra global por procuração'.

Mas, para o resto do mundo, a história óbvia, e condenável, é a tentativa ilegal de mudança de regime liderada pelos EUA. Este deve ser o foco, não especulações sobre supostas segundas intenções de Putin para a retirada militar da Síria.

O Secretário de Estado dos EUA John Kerry, falando em Paris na semana passada ao lado de congêneres europeus, apareceu para destacar a prioridade dos esforços de paz na Síria, quando a única explicação plausível para a violência no país árabe é a interferência criminosa de Washington e seus parceiros, em violação flagrante do direito internacional, desencadeando o caos que destruiu milhões de vidas.

A narrativa ocidental é baseada na falsa premissa de que a violência foi instigada pelo governo sírio esmagando um legítimo levante pró-democracia. Em seguida, relata candidamente que o conflito se transformou em uma guerra por procuração entre governos estrangeiros, sem ligação com o 'levante' inicial.

No entanto, graças a meios alternativos de notícias no Ocidente e também em nível internacional, tais como os canais RT e Press TV, há um corpo substancial de informação que desafia a narrativa convencional ocidental. Não só a desafia, mas expõe-na como engodo intencional.

Para começar, os relatórios substanciais na convincente mídia alternativa mostram que os protestos em pequena escala na Síria, durante março de 2011, foram infiltradas por provocadores armados que dispararam contra os civis e as forças de segurança do estado, a fim de incitar a violência em grande escala. Uma das melhores investigações sobre estes eventos cruciais foi realizada por Sharmine Narwani.

Em segundo lugar, devemos ter em mente o bem documentado planejamento de longo prazo para uma mudança de regime contra o governo da Síria, de autoria de Washington, Londres e Paris. 

Sabemos, por exemplo, a partir da divulgação em 2007 pelo general americano Wesley Clark, ex-comandante supremo da OTAN, que a Síria estava na mira do Pentágono para uma mudança de regime, já em 2001, juntamente com o Afeganistão, Iraque e Líbia, entre outros.

Outra referência importante para essa agenda criminosa é o testemunho do ex-ministro das relações Exteriores francês Roland Dumas, que revelou em 2013 que foi abordado por oficiais britânicos, dois anos antes do conflito sírio irromper, com um plano secreto para derrubar o governo Assad.

Sabemos também das revelações do ex-chefe de inteligência dos EUA General Michael Flynn de que a administração do presidente Barack Obama deliberadamente fomentou a infiltração de grupos terroristas 'jihadistas' já em 2012, calculando que esses mercenários iriam desestabilizar o governo de Damasco.

Significativamente, desde o início do conflito, Washington e seus aliados ocidentais não perderam tempo para fazer exigências estridentes de que o presidente Assad 'tinha que sair'. O outro fator revelador é o envolvimento de vários estados despóticos regionais no coro ocidental pedindo para Assad renunciar. Sério: os regimes de Recep Tayyip Erdogan da Turquia e dos degoladores autocráticos da Arábia Saudita e do Qatar, do lado de um 'levante pró-democracia'?

O fato de esses regimes apoiados pelo Ocidente despejarem bilhões de dólares em recrutamento, treinamento e armas para mercenários de dezenas de países - incluindo o fornecimento de armas químicas - fala da realidade da mudança de regime orquestrada por estrangeiros como determinante-chave na guerra síria.

Desgraçadamente, o ex-enviado da ONU Lakhdar Brahimi revelou em uma entrevista no fim-de-semana que o conflito na Síria poderia ter terminado em 2012 - pouco mais de um ano desde o seu início. Brahimi elogiou a Rússia por ter 'uma análise muito mais realista da situação' e que 'todo mundo deveria ter escutado os russos um pouco mais'. Moscou tem dito repetidamente que o futuro político da Síria deve ser decidido pelo povo da Síria e que nenhuma pré-condição externa, como Assad ficar de fora, pode ser imposta por potências ocidentais ou seus procuradores regionais. As atuais conversações de Genebra enfatizam este princípio.

A guerra da Síria, as mortes e a destruição são claramente o resultado de uma tentativa liderada pelos Estados Unidos para uma mudança de regime no país. A intriga de fundo, a explosiva escalada da violência nos últimos cinco anos e as tentativas políticas tardias para obter a mudança de regime por meios alternativos são evidência clara de uma criminosa agressão estrangeira contra a Síria.

A intervenção militar da Rússia, em nome das autoridades sírias como estabelece o direito internacional, expôs a verdadeira natureza do conflito. O perigo de guerra encoberta apoiada pelos EUA sobre a Síria foi removido, e agora cabe à diplomacia resolver a paz. Esta é uma façanha assombrosa."

https://syria360.wordpress.com/2016/03/15/russia-thwarted-us-regime-change-agenda-for-syria/



SOBRE O BRASIL

SEGUNDO PEPE ESCOBAR:


(MATÉRIA DE PEPE ESCOBAR - POR CIBELE LAURA) - Publicado em 12 de mar de 2016

"Brics" é a sigla mais amaldiçoada no eixo Avenida Beltway [onde ficam várias instituições do governo dos EUA em Washington]-Wall Street, e por razão de peso: a consolidação do Brics é o único projeto orgânico, de alcance global, com potencial para afrouxar a garra que o Excepcionalistão mantém apertada no pescoço da chamada "comunidade internacional".

https://www.youtube.com/channel/UCWOr0xH1mSkaZ16yK6f69tQ


UMA VISÃO RUSSA:


Publicado em 15 de mar de 2015


UMA VISÃO CHINESA:


Publicado em 12 de mar de 2015

"Para ganhar o segundo turno das eleições contra o candidato apoiado pelos Estados Unidos, Aécio Neves, em 26 outubro de 2014, a presidente recém-reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, sobreviveu a uma campanha maciça de desinformação do Departamento de Estado estadunidense. Não obstante, já está claro que Washington abriu uma nova ofensiva contra um dos líderes chave dos BRICS, o grupo não alinhado de economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com a campanha de guerra financeira total dos Estados Unidos para enfraquecer a Rússia de Putin e uma série de desestabilizações visando a China, inclusive, mais recentemente, a “Revolução dos Guarda-Chuvas” financiada pelos Estados Unidos em Hong Kong, livrar-se da presidente “socialmente propensa” do Brasil é uma prioridade máxima para deter o pólo emergente que se opõe ao bloco da Nova (des)Ordem Mundial de Washington."

18/11/2014, NEO – New Eastern Outlook, F. William Engdahl, "BRICS’ Brazil President Next Washington Target"





SOBRE A RPDC

(atualização - 20/03/2016)


Síria e Coréia: A Lógica da Paz e da Guerra


A ousada iniciativa do governo russo de retirar parte de suas forças da Síria é uma lição sobre o uso de meios militares limitados para atingir fins políticos limitados. Com a acurácia de um hábil cirurgião, a intervenção da Rússia salvou o governo sírio de ser esmagado pelos mercenários da OTAN, infligiu um golpe fatal na tentativa americana de alcançar a hegemonia no Oriente Médio, elevou o prestígio da Rússia no mundo, e demonstrou que a guerra econômica travada contra a Rússia pelos EUA, UE e Canadá não teve nenhum efeito na determinação russa de seguir uma política externa independente e usar meios militares para pô-la em prática.

A confusão e consternação no bloco da OTAN, ao perceberem que mais uma vez eles se enganaram, são dramáticas. Mais uma vez os serviços de inteligência ocidentais provaram que adormeceram ao volante, e seus governantes atolaram-se em fantasias de sua própria criação. O silêncio constrangido de Washington, que há meses vinha afirmando que a Rússia seria pisada e mastigada pela guerra síria, reflete a incompetência de sua liderança política, do Presidente Obama aos candidatos para a presidência nas atuais eleições americanas. Nenhum deles sabe o que fazer, a não ser demonstrar frustração, uma reação que não leva exatamente a políticas racionais.

A obtenção, há algumas semanas, do cessar-fogo limitado, imposto aos americanos pela realidade no campo de batalha, configura a lógica dessa retirada parcial. A retirada ressalta a política russa e síria de conseguir uma solução política satisfatória para a guerra, obriga as potências ocidentais a apoiarem essa política ou declararem-se inimigas da paz, e ao mesmo tempo dá à Rússia e à Síria a flexibilidade para responder a qualquer tentativa de escalar a violência, venha de onde vier.

O Ministério da Defesa russo afirmou que o destacamento aéreo russo remanescente continuará a dar apoio aéreo às forças sírias e a atacar os grupos que se recusarem a respeitar o cessar-fogo ou aqueles designados como grupos "terroristas", na verdade, a maior parte das forças que atacam o povo sírio. Além disso, os sistemas de defesa aérea S400 devem permanecer no local, para cobrir as forças russas restantes e para deter uma agressão da Turquia, Arábia Saudita ou forças americanas. No entanto, a retirada sinaliza uma clara desescalada da guerra e pode ser interpretada como um anúncio de que o inimigo tomou um golpe fatal.

Essa iniciativa foi tomada ao mesmo tempo em que a Rússia rechaçou quaisquer ações militares da OTAN contra a Líbia a menos que tivessem a aprovação do Conselho de Segurança, e ao mesmo tempo em que se juntou à China no apelo aos norte-americanos para reduzirem a pressão sobre a Coréia do Norte e se comprometerem com uma resolução final e pacífica do conflito na península coreana. Infelizmente, a Rússia e a China juntaram-se os Estados Unidos na condenação às tentativas da Coréia do Norte de se defender com armas nucleares contra a ameaça de uma guerra nuclear vinda dos Estados Unidos.

Esta condenação parece ser uma reação ao temor de que a doutrina de defesa da Coréia do Norte provoque os EUA a lançar uma guerra que irá afetar toda a Ásia ou, ao menos, dê aos americanos uma desculpa para colocar novos sistemas de mísseis anti-balísticos na Coréia do Sul que ameaçarão a segurança não só da Coréia do Norte, mas também China e Rússia. Talvez elas tenham um motivo válido e talvez haja outras razões, desconhecidas para nós, que os levaram a participar do virtual bloqueio da Coréia do Norte, mas a injustiça é flagrante. Todas as três potências nucleares estão aumentando seus próprios sistemas de armas nucleares; a Arábia Saudita está fazendo alarde de que tem armas nucleares, juntamente com Israel, sem qualquer reação dos três grandes; e a Coréia do Norte está sendo ameaçada com exercícios militares continuados que visam um golpe imediato de decapitação do seu governo e aniquilação nuclear.

Os exercícios atuais que estão sendo realizadas na Coréia são os maiores já realizados, envolvendo mais de 300.000 soldados, grupos de combate de porta-aviões norte-americanos, submarinos nucleares, bombardeiros B-2, navios australianos e, para adicionar insulto à injúria, as forças japonesas que atacaram e ocuparam a Coréia na segunda Guerra Mundial e que ajudaram os americanos a atacar o norte, em 1950. O objetivo declarado dos exercícios é praticar o plano de Operação 5015, plano de ação para matar a liderança coreana, destruir as suas bases e invadir e ocupar o país. Um primeiro ataque usando armas nucleares é parte desse plano.

Ninguém pode negar que a Coréia do Norte tem razão para se sentir encurralada e ninguém pode negar-lhe o direito de se defender, como a Rússia e a China estão fazendo, contra o mesmo inimigo. A lógica e a justiça ditam que a imposição de um bloqueio econômico sobre a Coréia do Norte é equivalente a guerra e que esta só pode ter o efeito de tornar a Coréia do Norte ainda mais desesperada e determinada a reagir. Esta abordagem à situação na Coréia está em contraste com o comportamento criterioso da Rússia em relação à Síria, com apoio chinês, ou da Rússia na crise em curso na Ucrânia.

Parece óbvio que a melhor maneira de reduzir a tensão na Coréia é apoiar a Coréia do Norte, da mesma forma que a Síria tem sido apoiada, com alguma garantia de sua segurança e uma iniciativa diplomática para forçar os americanos a recuarem e entrarem em acordo com o governo e o povo do país. A Coréia do Norte afirmou mais de uma vez que tudo o que quer é ser deixada em paz e ter um tratado de paz com os Estados Unidos e uma garantia de que não será atacada. Em seguida, estará preparada para considerar a eliminação dos seus sistemas de armas nucleares.

O mundo dá um suspiro de alívio porque uma resolução pacífica da guerra na Síria passou de um sonho para uma possibilidade concreta, mas agora temos de enfrentar o risco de uma guerra mundial na Ásia. A Coréia do Norte é o flanco leste da Ásia. Se for destruída e seu território ocupado pelos Estados Unidos e Japão e outros aliados, podem China e a Rússia ter qualquer dúvida sobre o que vai acontecer a seguir? Parece que a Coréia do Norte é um aliado natural de ambos, mas, evidentemente, não é.

Enquanto isso, o Mundo assiste às eleições norte-americanas e o que vê é um filme de Fellini, em que o mais grotesco da humanidade disputa o poder sobre as forças militares que agora ameaçam o Mundo. O Presidente Obama, o homem que ganhou o Prêmio Nobel da Paz, é o mesmo homem que ordenou as operações militares na Coréia. Este é um líder tão pacífico quanto podemos esperar nessa nação militarista. O que vem a seguir será ainda pior.

Certamente, deve haver uma tentativa de trazer a paz à Coréia como na Síria. Mas para que isso ocorra, a pressão sobre a Coréia do Norte deve ser reduzida, e seu governo tratado com respeito e dignidade. As portas para o diálogo devem ser abertas, então a razão e a boa vontade poderão prevalecer sobre o medo e a maldade que agora orientam as ações das grandes potências. Na Síria, a guerra se volta para a paz, mas, na Coréia, a paz está ameaçada pela guerra. Ambos os casos têm sua lógica: a lógica da paz e da guerra, mas o Mundo está cansado da lógica da guerra.

Christopher Black - The Logic of Peace and War - "New Oriental Outlook".

http://nsnbc.me/2016/03/20/syria-and-korea-the-logic-of-peace-and-war/


quinta-feira, 10 de março de 2016

CALMARIA NA SÍRIA


Resenha do Ministério da Defesa russo sobre o processo de pacificação, o retorno dos civis para suas casas e a ajuda humanitária ao povo sírio (leg. Ing/Fr.)

https://syria360.wordpress.com/2016/03/07/syrian-front-increasing-participation-in-reconciliation-meetings-and-peace-agreements-across-syria/




LEMBRANDO AMÍLCAR CABRAL



ENTREVISTA COM TEODORA GOMES, DIRIGENTE DO PAIGC

Publicado em 12 de abr de 2013

Excerto do filme "Conacry"


"Amílcar Cabral" (Bu Morri Cedo) - Tony Lima


https://libya360.wordpress.com/2016/03/05/tribute-to-amilcar-cabral-by-poet-alda-do-espirito-santo/


Réquiem para Amílcar Cabral

Alda Espírito Santo

Chora terra bem amada 
o teu filho bem amado 
Morto fisicamente 
por balas assassinas. 
Guevara de África 
te batizaram 
dias antes 
da cilada trágica. 
na história da terra africana. 
Teu nome ímpar 
apontará aos filhos 
do país natal 
a dignidade da tua vida 
cimentada com teu sangue 
cimentada com
o sacrifício da existência inteira.

A esperança do futuro 

duma terra sem madrasta. 
As páginas do porvir 
contarão ao mundo 
a força da tua personalidade dinâmica
ao serviço da tua inteligência
canalizada 
para os arrozais 
da parcela 
do golfo enquistado 
onde mãe Iva 
te doou à terra.

Não chores mãe Iva. 
A terra de África inteira 
de pé 
a teu lado 
saúda a figura gigante 
do Grande Líder 
da África Ocidental.
Terra bem amada
o sangue do herói 
será transfusão 
nos anais da tua história.


(Mais sobre Amílcar Cabral em http://defesadalibia.blogspot.com.br/2012/01/reaparece-o-porta-voz.html)