sábado, 26 de maio de 2012

ROTINA NA LÍBIA



ALGERIA ISP / "Segundo Hadaba Khadra, os rebeldes de Misrata seqüestraram o Coronel do CNT Ibrahim Kassouda, diretor  da Alfândega do aeroporto de Maetika em Tripoli, que apreendeu de um viajante uma mala contendo armas. Esse viajante é de Misrata. Os funcionários das alfândegas realizaram um protesto em frente ao prédio do chefe do governo para denunciar o seqüestro.

Os combatentes da Resistência Verde realizaram uma operação na cidade de Sirte. Eles explodiram o armazém de armas dos rebeldes da Al Qaeda na região de Dohir, a 15 km do centro da cidade.

Para todos os que crêem na Líbia, não se preocupem. A Força Verde está ganhando terreno, mas é discreta. Virá o dia em que o verde vai voltar a este belo país."

http://www.algeria-isp.com/actualites/politique-libye/201205-A10422/libye-une-nouvelle-operation-resistance-verte-mai-2012.html



"DIVULGAR SOMENTE O NECESSÁRIO" -- PARA NÃO DAR INFORMAÇÃO AO INIMIGO



PROGRAMA DO MOVIMENTO NACIONAL POPULAR DA LÍBIA, EXTRAÍDO DO SEU MANIFESTO DE FUNDAÇÃO

(Leia em http://www.defesadalibia.blogspot.com.br/2012/02/fundacao-do-movimento-nacional-popular.html)

"Os objetivos principais da Movimento Nacional Popular da Líbia são:

* Manter a integridade territorial da Líbia, a segurança do país e a segurança do seu povo.
* Trabalhar pela libertação de todos os prisioneiros sem exceções, incluindo Saif al-Islam Gaddafi.
* Tratamento e compensação para todas as vítimas de guerra, sem exceção.
* Criar condições e salvaguardas para o regresso das pessoas deslocadas à força, para suas cidades e aldeias.
* Criar instituições executivas, legislativas e judiciárias do Estado da Líbia, com base na democracia pacífica baseada na cidadania, sem discriminação de crença étnica ou confessional, regional ou política.
* Restabelecer a soberania da Líbia, terminando a interferência estrangeira, e estabelecer uma política externa independente.
* Rejeitar as políticas de exclusão e marginalização, que criam diferenças entre os componentes do povo líbio.
* A dissolução das milícias armadas, ajudando os ex-membros a retornar a seus trabalhos anteriores.
* Lançamento de um processo de reconstrução de propriedades públicas e privadas destruídas durante a guerra, sem discriminações.
* Investigação de crimes de guerra e crimes contra a Humanidade cometidos durante a guerra, formando tribunais segundo as normas de controle público e internacional, para decidir sobre essas questões.
* Assegurar a participação plena dos cidadãos líbios, exercendo o seu direito de tomada de decisão política, para escolher seus líderes e o sistema político, pela via democrática, sob uma Constituição aprovada pelo povo líbio, sem qualquer tutela ou exclusão.
* Colocar o Sagrado Alcorão e a Sunna como referências da legislação na Líbia, sem extremismo ou fanatismo.
* Exortar as organizações internacionais e regionais, membros da OTAN e os países que apoiaram a agressão, a assumirem a responsabilidade total pela situação atual da Líbia, e por suas violações das leis e violações das decisões do Conselho de Segurança da ONU."

http://libyasos.blogspot.com.br/2012/05/libyan-popular-national-movement.html#more



http://www.leonorenlibia.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1198:la-piramide-del-capitalismo-&catid=3:cultura



SÍRIA:

OS TERRORISTAS PRÓ-OCIDENTE CONTINUAM APRONTANDO DAS SUAS

(SEGMENTO ÚTIL: DOS 1:04 AOS 2:45 MIN.)


quinta-feira, 24 de maio de 2012

RESISTÊNCIA RETOMA GADAMÉS


"Mercenários da OTAN atacaram Ghadames e o povo Tuareg. Idosos, mulheres e crianças perderam suas casas e seu dinheiro e tornaram-se refugiados na Argélia e em outras cidades líbias. Então os tuaregs se reorganizaram em torno do Exército Verde e agora  lutam para recuperar suas casas."
https://www.youtube.com/user/samlibyano


RATOS ATACAM GADAMÉS


segunda-feira, 21 de maio de 2012

A REALIDADE NOS CÁRCERES DA LÍBIA


http://www.leonorenlibia.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1195:realidad-de-las-carceles-&catid=9:catinfo


http://www.facebook.com/Alestekhbarat.Allibiya




ARTIGO DE PEPE ESCOBAR


Chicago: My kind of (OTAN) town *

18/5/2012, Pepe EscobarAsia Times Online – THE ROVING EYE

NATO occupies sweet home Chicago” - Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu



Hong Kong, China – É cerco. Fechado. Um anel de aço. Um oceano de policiais de Chicago. O Serviço Secreto. A Guarda Nacional. Quarteirões bloqueados. Cercas de arame farpado. Barreiras de concreto. Uniformes de controle de tumultos (e mais). O prefeito Rahm Emanuel – ex-secretário-geral da Casa Branca e confidente do presidente Obama – demarcou “áreas estratégicas” na cidade. E há “equipes de extração” super preparadas para extrair manifestantes-alvos de onde estejam, em ambiente de “conflito de baixa intensidade”. 

E, também, importantíssimo, o LRAD (equipamento acústico de longo alcance) – um canhão de som mais letal que os Metallica em noite ruim, para garantir que “mensagem clara chegue a grandes massas”, segundo o Departamento de Polícia de Chicago [o caminhão LRAD pode ser visto e ouvido em http://www.youtube.com/watch?v=QSMyY3_dmrM (NTs)]. 

O que é isso? Bagdá na ‘avançada’ [surge]? Remake de “Os Irmãos Cara de Pau”, estrelando, o fantasma de John Belushi e Obama, de Aretha Franklin (ou James Brown)?

Não. É a OTAN ocupando Chicago para a 25ª Conferência. Como diria o presidente Obama: que ninguém se engane. “Estamos em Missão Divina”. 

Impensavelmente pensável

Não imune às extrapolações do “conflito de baixa intensidade”, o governo Obama transferiu a reunião do G-8 – que está acontecendo antes da reunião da OTAN – de Chicago para a isolada Camp David. Mesmo assim, haverá protestos. Talvez haja sangue. Porque há ampla consciência, nos EUA[1], de que o G-8 e a OTAN – duas ‘cúpulas’ jamais eleitas e desobrigadas de dar satisfações aos contribuintes – são instrumentos que servem, essencialmente, aos 0,1%. 

A Conferência de Chicago ampliará o “Conceito Estratégico” que a OTAN adotou na reunião de Lisboa, em novembro de 2010. 

É importante identificar os atores que operam nas coxias. O “conceito” foi concebido por um seleto grupo de sábios (e uma sábia), co-presidido pela ex-secretária de Estado dos EUA Madeleine Albright e Jeroen van der Veer, presidente da empresa Royal Dutch Shell até junho de 2009.

É a tal simbiose ocidentalocêntrica de empresas/militares/petróleo. 

Antes de anunciado esse conceito de OTAN para o Terceiro Milênio, o presidente da empresa Lloyd's de Londres, ex-diretor da gigante francesa de energia, Total, Lord Levene of Portsoken, com o secretário-geral da OTAN Anders Fogh Rasmussen, caracterizaram a coisa toda como “nova abordagem do gerenciamento de risco”. 

Sim, acrescentou Lord Levene, “temos de estar preparados para pensar o impensável”[2].

O “impensável”, segundo a empresa Lloyd's, foi codificado num programa “360 Risk Insight” [360 insights de riscos] e em “Realistic Disaster Scenarios” [Cenários Realistas de Desastres], enquanto a OTAN inventava um projeto “Multiple Futures” [Múltiplos Futuros]. 

O mundo, pois, pode suspirar aliviado: finalmente, o “impensável” tornou-se pensável, cortesia da empresa Royal Dutch Shell e porção sortida de gente do Big Oil: gigantes do mercado de seguros, como a Lloyd's; a News Corporation de Rupert Murdoch, notoriamente altruísta; marcas de fantasia do mercenariato como DynCorp e Academi (ex-Blackwater); a menina dos olhos de Dick Cheney, Kellogg Brown & Root (KBR); e Halliburton – e, claro, claro, a OTAN.  

Permitam-me bombardeá-los com meus valores 

A OTAN veio à luz em 1949, como contragolpe, dos EUA contra a Rússia, no tabuleiro de xadrez europeu. A União Soviética implodiu há 21 anos. Mas a OTAN – como os diamantes de James Bond – é eterna. A secretária de estado dos EUA Hillary Clinton já está pensando sobre o século 22. 

Mês passado, num convescote Pentágono/OTAN em Norfolk, Virginia, Hillary destacou que o encontro de Chicago “reconhecerá oficialmente as contribuições operacionais, financeiras e políticas de nossos parceiros, numa vasta gama de esforços para defender nossos valores comuns nos Bálcãs, Afeganistão, Oriente Médio e Norte da África.”[3]

O currículo da tal “defesa” dos tais “valores comuns” não é lá essas coisas. Depois passar décadas borrando as botas ante o perigo de ser varrido do mapa pelo Exército Vermelho, a OTAN lutou sua primeira guerra na Europa em 1999 – 78 dias de bombardeio unilateral contra a Yugoslávia. Digamos que tenha vencido. 

Depois, a OTAN pôs-se a defender o ocidente na intersecção da Ásia Central-Sul da Ásia: no Afeganistão. Passados 11 pantânicos anos, foi indiscutivelmente derrotada por um bando de pashtuns nacionalistas armados com Kalashnikovs e lança-rojões. 

Em seguida, lá está a OTAN a bombardear “nossos valores” comuns contra o norte da África, em sua primeira guerra no continente: na Líbia. Não obteve, propriamente dita, vitória alguma: a Líbia está convertida num paraíso para islamistas racistas hardcore, misturado com um inferno de milícias, já devidamente exportado para desgraçados vizinhos, como o Mali. 

E a OTAN recusa-se a reconhecer que assassinou muitos milhares de civis na Líbia, naquela missão de R2P – responsabilidade de proteger... civis[4].     

Ainda do ponto de vista do Conceito Estratégico, o que interessa é que a OTAN está próxima de fazer do Mar Mediterrâneo um Mare Nostrum remixed, um lago da OTAN (embora ainda haja aquela questão na Síria, a ser resolvida); e está, por toda parte, patrulhando o Mar da Arábia. 

Vamos lá, parceiro! 

A própria OTAN apresenta Chicago[5] como fórum sobre três principais questões: o “compromisso com o Afeganistão”; “capacidades” para defender a população e o território afegãos” (mesmo que signifique bombardear ou ocupar partes da Ásia Central e da África), tudo isso amarrado sob o título “desafios do século 21”; e a “rede de parceiros em todo o mundo”. 

As parcerias da OTAN são Hidra de muitas cabeças: Parceria pela Paz; Diálogo Mediterrâneo; Iniciativa Istambul de Cooperação; a Força Kosovo; a Operação Escudo Oceânico (no Chifre da África); a Operação Protetor Unificado (na Líbia); a Operação Missão Ativa (no Mediterrâneo), e, até, um gambito no Pacífico: Malásia, Mongólia, Cingapura, Coreia do Sul e Tonga são parceiros da OTAN na ‘parceria’ “Países que fornecem soldados” no Afeganistão.

E há a gargantuesca “Parceria Menu de Cooperação” (com mais de 1.600 possibilidades); o Conselho Rússia-OTAN [Russian-OTAN Council (RNC)]; e algum impulso para arranjar algum tipo de parceria com os países BRICS, das potências emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – tudo em nome da “segurança num nível global”. Os BRICS não estão exatamente muito entusiasmados. 

Elizabeth Sherwood-Randall, diretora de Assuntos Europeus do Conselho Nacional de Segurança [orig. National Security Council (NSC)], e ex-vice-secretária para Rússia, Ucrânia e Eurásia em meados dos anos 1990s, justifica esse emaranhado[6] de ‘parcerias’, pela necessidade de a OTAN ser “mais mobilizável e deslocável”. Em OTANlíngua: a necessidade de “aumentar a interoperabilidade” da OTAN. 

Nada menos que 50 nação são interoperáveis-enredadas no Afeganistão. O Iraque será inevitavelmente anexado à Iniciativa Istanbul de Cooperação. A Líbia cairá dentro do Diálogo Mediterrâneo. E o mesmo acontecerá à Síria (mas só depois de o regime sofrer “mudança”).

É o Conceito Estratégico na prática: a expansão da OTAN inflada ao infinito. O plano é construir uma “teia de relacionamentos em volta do mundo”.  

Sem surpreender ninguém, esse foi o coração da matéria num grande encontro mês passado, no cavernoso quartel-general da OTAN em Mons, perto de Bruxelas. Imaginem os chefes militares dos 28 estados-membros da OTAN, plus os chefes dos departamentos de Defesa de 22 países não membros da OTAN que mantêm soldados no Afeganistão – o que inclui todo mundo, de Armênia, Bahrain e Geórgia, a Jordânia, Mongólia e Emirados Árabes Unidos.

Bem-vindos à OTAN-Globocop. Esqueçam a ONU. E se você for um dos muitos pequenos parceiros da OTAN, cuidado com o que pedem em troca da parceria. Mais cedo ou mais tarde, o Pentágono e a OTAN – afinal, a OTAN é o braço europeu do Pentágono – vai querer pôr uma base militar em seu país. E o complexo industrial-militar ocidental fará qualquer matança para vender a você todo o tipo de armamento complicado, caro e inútil.   

Defesa? Qual o quê! ‘Tava só brincando! 

Rasmussen já disse que, em Chicago, a OTAN anunciará que o sistema europeu conjunto EUA-OTAN de interceptação de mísseis já tem “capacidade operacional inicial”. Negócio fabuloso, aliás, para Boeing, Lockheed Martin e Raytheon.

Sherwood-Randall acrescentou que se trata de mísseis de defesa da OTAN “baseado na habilidade para empregar elementos dos EUA sob comando da OTAN”. Tradução: se alguém precisasse disso. Nada significaria, não fosse a pegada do Pentágono (sobretudo, na África, onde o AFRICOM já combateu sua primeira guerra, na Líbia, com um fogo de barragem de Tomahawks, antes de o comando ter passado para a OTAN).    

A OTAN distribuiu pela mídia a ideia de que se trataria de “sistema de defesa” da Europa contra os mísseis balísticos transcontinentais da Coreia do Norte ou do Irã. Nada disso. O sistema será incorporado à capacidade do Pentágono para “primeiro ataque”. A inteligência russa sabe muito bem quem está no olho do alvo real.     

O tenente-general da reserva Evgeny Buzhinsky, citado por Voice of Russia, pergunta: “Por que gastar centenas de bilhões de dólares, só para interceptar três ou quatro mísseis iranianos? E por que o Irã atacaria a Europa, se 70% de seu comércio externo depende da União Europeia?”

Mas nem todos os alvos da OTAN são definidos com vistas a construir um cerco estratégico em volta da Rússia[7].Trata-se também de entrar, de corpo inteiro, na Guerra dos Drones. Já flertam com mais uma intervenção “humanitária” – na Síria ou, muito mais fácil, no Mali. O Pentágono gastará apenas $4 bilhões, para modernizar o arsenal nuclear tático instalado na Europa. E há também a batalha, crucial, para controlar o Ártico. 

Globocop avança, em alta rotação. Hoje Chicago, amanhã as estrelas. Não há blues de Buddy Guy que dê conta. A canção-tema da OTAN é Over the Rainbow[8].


* My Kind of Town é canção de Jimmy Van Heusen/Sammy Cahn, para a trilha sonora de um filme musical, Robin and the 7 Hoods, de 1964. Foi indicado ao Oscar de melhor canção original naquele ano (perdeu para Chim Chim Cher-ee, de Mary Poppins). Pode-se ouvir, numa das muitas gravações de Frank Sinatra, em http://www.youtube.com/watch?v=K1rt7RXE0KU  [NTs].

ENTREVISTA COM "OJOS PARA LA PAZ"



"Uma organização de defesa dos direitos humanos exige que a OTAN leve a cabo uma investigação dos bombardeios durante a operação militar na Líbia em que faleceram 72 civis.

A organização assinalou que poder-se-ia tratar de possíveis 'transgressões do direito da guerra'. Ademais indicou que a cifra dos assassinados entre a população civil poderia ser maior do que se conhece. A OTAN por sua vez recusa estas acusações.

Em 2011, aviões da OTAN realizaram bombardeios dirigidos às instalações pertencentes a forças leais a Muamar Gadafi, com o fim de derrubar o regime do ex-coronel.

Por sua vez a advogada Purificación González, do Colectivo Internacional Ojos para la Paz [Olhos para a Paz], opina que se a OTAN não pesquisa os ataques é porque teme que mais casos possam sair à luz."

(Ela explica que cerca de 2% da população foi morta pelo bombardeamento)
 

(http://www.youtube.com/user/ActualidadRT)



VÍDEOS DE 2011:

"DESDEMONIZANDO KADAFI"


UMA VISÃO RUSSA


ESTE VÍDEO TINHA SIDO APAGADO DO YOUTUBE, MAS AGORA SURGIU ESTA VERSÃO:






 

http://www.scoop.it/t/the-greatest-wepons-is-not-a-gun-nor-it-is-nuclear-it-is-information-control/p/1809368707/libya-s-o-s-torture-in-libya-warning-these-images-may-shock-viewers?sc_source=http%3A%2F%2Flibyasos.blogspot.com.br%2F

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A GUERRA NO PÁTIO DA ESCOLA

Libya's Playground War from Andrey on Vimeo.


Dá pra perceber o sofrimento das crianças e sua rejeição às forças políticas que destruíram a sua cidade e mataram muitos de seus parentes. Mas os ratos adultos entrevistados procuram, com dificuldade, defender a sua posição: os professores encarregados de doutrinar as crianças, a mãe que tem medo de tomar um tiro dos vizinhos, a psicóloga que acha normal tanta morte e destruição, e a agente social que alega, como desculpa e não como acusação ao CNT, que ainda não existe um governo na Líbia. O administrador nomeado pelo CNT lamenta que não lhe dão dinheiro para a reconstrução da cidade nem para nada.

Chamaram a OTAN para destruir o país e matar tanta gente,  entregaram suas riquezas ao Qatar e ao Ocidente, espalharam a miséria, e não se arrependem. Não há limites para o fundamentalismo religioso e para o entreguismo. 

A narradora fantasia que "o desafio do CNT é mostrar-se comprometido com a democracia e com o bem-estar da população", como se eles não fossem um bando de ladrões e assassinos, e como ela, agentes do Imperialismo.

Que Alá proteja estas crianças e permita que esta geração cresça forte, sábia e disposta a reconquistar o país e fazer justiça.



COMENTÁRIO DE LIZZIE PHELAN:

"O documentário recém-lançado pela TV Journeyman, 'A Guerra no Recreio -- Líbia', é uma visão extremamente importante e dolorosa das realidades da guerra da OTAN contra a Líbia.

Filmado em Sirte, a cidade que foi destruída durante as últimas semanas da campanha de bombardeio da OTAN, os entrevistados deram com muita coragem um relato extremamente honesto do sofrimento suportado em primeiro lugar pelas principais vítimas desta agressão, as crianças da Líbia.

Isso mostra que o resultado dessa guerra, como todas as guerras e intervenções em que o Ocidente se envolveu, foi a divisão das pessoas que antes da intervenção viviam lado a lado como irmãos e irmãs, em paz e unidade. Na Síria, se o apoio ocidental à insurgência continuar, a Líbia e a História mostram que o resultado será o mesmo.

Para uma repórter que presenciou a Líbia se transformar de um país próspero, desenvolvido, que proporcionava uma boa qualidade de vida para os seus cidadãos -- um fato a que as crianças neste documentário aludem repetidamente quando observam que desejam que a vida volte a ser como era antes da guerra -- em um país destruído além da compreensão, e está agora na Nicarágua, que passou por uma experiência semelhante, são particularmente interessantes os comentários de uma das famílias focalizadas, que apoiou a revolta pró-Ocidente contra a Jamahiriya liderada por Muammar Gaddafi. Eles notam que a revolução que eles apoiaram não lhes trouxe nenhum benefício, e que eles também sofreram seriamente com a guerra.

Na Nicarágua, muitas das pessoas comuns da classe trabalhadora que lutaram pelos 'Contras' apoiados pelos EUA contra o governo da FSLN [Frente Sandinista de Libertação Nacional] na década de 1980, estão agora apoiando e trabalhando com o governo da FSLN, reeleito em 2007. A principal razão para isso é que depois de viver 16 anos sob o governo neoliberal apoiado pelos EUA durante os anos 1990 e início dos 2000, longe de receberem quaisquer benefícios, ao invés disso eles sofreram muito. Como esta família líbia, eles receberam a traição em primeira mão das forças que apoiaram.

É uma profunda tragédia ver um processo semelhante ocorrer entre os apoiantes da campanha da OTAN na Líbia, e a Nicarágua oferece muitas lições em termos de conciliação de uma sociedade profundamente dividida como a que existe hoje na Líbia.

Este vídeo mostra como as crianças, que entendem pouco da guerra e da história política da Líbia, são naturalmente inclinadas a apoiar as posições de seus pais. É essencial para o seu futuro, não que o passado seja glorificado, mas que todos recebam uma educação honesta sobre a história da Líbia, a história do Imperialismo, e os motivos políticos que levaram o Ocidente a apoiar a devastação que eles estão vivendo. Somente com uma educação desse tipo é que eles podem compreender criticamente as posições de seus pais, o que eles estão vivendo (por exemplo, por que o CNT não vai liberar fundos para reconstruir suas vidas, como afirma neste documentário o oficial local do CNT) e fazer julgamentos sobre o que é melhor para o seu futuro e o de seus próprios filhos.

Há uma afirmação muito errada neste documentário, a de que a 'revolução'/insurgência teve sucesso em Sirte. A realidade, e isso está bem documentado na cobertura da imprensa da época, é que a insurgência não teve sucesso em Sirte, e por isso a destruiu na extensão em que se vê no documentário. Era impossível para a insurgência ter sucesso em Sirte, e só foi capaz de esmagar o apoio a Gaddafi após a força militar mais poderosa já conhecida pelo Homem, a OTAN, atacar a cidade e a Resistência Verde impiedosamente por quase dois meses.

A coragem dos participantes deste documentário em falar honestamente sobre o seu sofrimento, numa altura em que as armas são lei, não deve ser subestimada. Centenas de milhares de pessoas tiveram de fugir do país ou estão a definhar em centros de detenção improvisados dentro da Líbia, onde a tortura é rotina, simplesmente por suas posições políticas serem conhecidas."

http://globalciviliansforpeace.com/2012/05/17/playground-war-libya-documentary/#more-3900

http://libyasos.blogspot.com.br/

http://lizzie-phelan.blogspot.co.uk/

sexta-feira, 11 de maio de 2012

ZVEROFORMA COM LETRA




Um nazista de Paris, um pacifista do Inferno,
Uma amante de vagabundos que devia estar na cadeia,
E um dandy de Londres -- glamurosa gironda --
Reuniram-se para deflagrar uma nova guerra.

Decidindo como podem destroçar o Mundo
(Eles sonham com o óleo - negro ouro árabe)
Fazê-lo dividir-se e cair aos pedaços, em cinzas.
(Mas dão numa parede árabe: estão sem dinheiro)

Príncipe miniatura, Nicolas Sarkozy,
Desejo que você afunde na lama da mídia.
Suas mãozinhas estão cheias de sangue líbio,
Príncipe miniatura, Nicolas Sarkozy.

Alá, Muammar, uLibya, uBass!
Alá, Muammar, uLibya, uBass!
África, Líbia, Muammar!

Lamentável é quem por trás dos muros do Kremlin
Perdeu a alma e juntou-se ao coro sanguinário.
Fantoches conduzidos pelo mal,
Vocês cuspiram no seu próprio povo.

E agora? Kadafi não está de joelhos
Nem chorando por dinheiro, mas pedindo paz
Àqueles que quebraram todas as leis nesta corrida.
Não importa o preço, eles não podem parar, por orgulho.

Ilegítimos,
Calorosamente íntimos,
Onde estão os seus amigos,
Que beijaram suas mãos?
Com sua esperança verde
No seu manto engraçado
Ele veio do Sahara
Este é o seu tempo.

Alá, Muammar, uLibya, uBass!
Alá, Muammar, uLibya, uBass!
África, Líbia, Muammar!



النازي من باريس ، صانع السلام من الجحيم
محب العاهرات المقدر له الحبس
داندي من لندن الخنزير الفاتن
تجمعوا معا لإشعال حرب جديدة
قرروا كيف يمكنهم سحق العالم
إنهم يحلمون بالنفط ، الذهب العربي الأسود
تقسيمه و تقطيعه أجزاء، تحويله إلى رماد
لكنهم واجهوا جدار عربي ، ونفذ منهم المال
القزم نيكولا ساركوزى
أتمنى أن تغرق في طمي الإعلام
يداك ملطخة بدماء الليبيين
نأسف للجالس وراء جدار الكرملين
أولئك الذين فقدوا ضميرهم وانضموا للنداء الدموي
كأنهم دمى يحركهم الشر
بكل بساطة تبصق على شعبك
ومع كل هذا و القذافي لم يركع على ركبتيه
ولم يبكي لاجل المال و هو يتطلع إلى السلام 
من هؤلاء الذين يخرقون القانون لهذا السباق
لا يكترثون للتكاليف ، و كبرياءهم يمنعهم من التراجع
لا يملك الشرعية
ترحاب حميم وحار
اين انتم ايها الاصدقاء
من هو الذي قبل يدك ؟
مع الامل الاخضر
في لاباس يصنع الابتسامة
جاء من الصحراء
هذا هو عصره



quinta-feira, 10 de maio de 2012

ZVEROFORMA


Crianças de Sirte


Ratos destróem a caixa d'água de Tawerga (28/04/2012)


Moradores de Sirte festejam a derrota eleitoral de Sarkozy
Agora ele está mais vulnerável. Cameron vai pelo mesmo caminho, e outros políticos da OTAN. Vamos ver.



Força da Resistência no deserto




UM RELATO VEROSSÍMIL

Possível má notícia para quem tem esperança de que Kadafi esteja vivo:
um relato verossímil da sua captura.

O site libyasos.blogspot.com publicou um artigo de axisoflogic.com (T.J.Coles) que traz o depoimento de um segurança contratado pela OTAN numa armação para capturar e matar Kadafi:

"... Um total de 50 profissionais de segurança privada, incluindo 19 sul-africanos, foram recrutados para viajar para a Líbia com instruções para atuar como escolta neutra do coronel Gaddafi e sua comitiva desde Sirte até o sul da Líbia ou a fronteira com o Níger. Ao chegarem à Líbia viajaram desarmados por estrada de Trípoli a Sirte em uma coluna de cerca de 25 veículos para se encontrarem com Gaddafi e sua comitiva, sem serem interrompidos ou questionados em nenhum bloqueio ou controle de segurança dos rebeldes.

Nos dias anteriores, comandantes legalistas e anciãos tribais vinham negociando com os comandantes rebeldes uma passagem segura para as forças legalistas e as famílias da tribo de Gaddafi... A única condição para que isso acontecesse, de acordo com o comandante rebelde Touhami Zayani da brigada El-Farouk, que liderou o ataque a Sirte, era que os legalistas depusessem as armas. Uma vez que ninguém podia se mover livremente ou com segurança em torno da cidade em guerra, as negociações foram conduzidas principalmente por telefone via satélite, o que significa que a inteligência da Otan, através de sua vigilância eletrônica e sistemas de intercepção de comunicações, tinha pleno conhecimento das negociações e dos termos da trégua em discussão.

Um membro sul-africano da escolta neutra, em entrevista ao jornal sul-africano Rapport em língua Afrikaan em 24 e 29 de Outubro, descreveu como ele e outro pessoal de segurança privada que faziam a escolta foram iludidos de que a Otan 'queria Gaddafi fora da Líbia' como parte de um acordo de paz negociado, mas da maneira como as coisas aconteceram, tornou-se claro para ele que na verdade Gaddafi era alvo de assassinato.

Segundo o filho de Gaddafi, Saif al-Islam, no último contato com seu pai, algumas horas antes de o comboio ser atacado, ele lhe assegurou de que tinha recebido garantias 'dos americanos', permitindo-lhe a passagem segura de Sirte para o sul da Líbia, sem perseguição ou bombardeios.

O comboio neutro e desarmado reuniu-se no ponto de encontro durante a noite de 19/20 de Outubro, mas ao amanhecer os veículos ficaram sob ataque aéreo da Otan... foi um ataque de advertência, com o objetivo de quebrar o comboio em 'pedaços' gerenciáveis. E assim foi: o comboio dividiu-se em direções diferentes... Os veículos em que viajavam Gaddafi e seus assessores mais próximos foram direto para os braços da brigada rebelde de Misrata que os esperava...

As forças rebeldes consideraram amigavelmente os membros capturados da escolta neutra como 'aliados'. Todos os sobreviventes do pessoal contratado foram libertados imediatamente após a emboscada, e um deles, que se feriu na emboscada, foi rapidamente transportado para o Cairo para atendimento médico..."

http://axisoflogic.com/artman/publish/Article_64494.shtml


Pepe Escobar mencionou brevemente essa versão em uma palestra:
http://defesadalibia.blogspot.com.br/2011/11/depoimento-de-pepe-escobar.html


Para ser verdade, restam algumas objeções, mas nenhuma é decisiva. Todas poderiam ser rebatidas com base nas recorrentes irracionalidades do comportamento humano:

1) Por que Kadafi permaneceu em Sirte em vez de esconder-se onde pudesse comandar de longe a Resistência? Talvez por achar que devia compartilhar o destino dos defensores da cidade? Mas então por que aceitou a trégua?

2) Como pôde Kadafi naquela altura ainda confiar nas "garantias dos americanos"?

3) Por que os "rebeldes" e a OTAN pouparam esses seguranças, testemunhas tão importantes, em vez de "queimar os arquivos"? Como o texto lembra alhures, a OTAN bombardeou um comboio desarmado e com bandeiras brancas, o que é em si um crime de guerra.

4) Por que certos setores da Resistência constantemente afirmam ou insinuam que Kadafi está vivo?